quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Borboleta


Hoje na caderneta de cromos falaram dos bichos da seda. Felizmente nunca me deu para esse lado. O máximo que tive em casa foi um grilo. E, como não cantava, soltei-o passados 3 dias.


Mas depois, do baú das memórias, recordei-me das férias que passei na terra da minha avó paterna. Habituada a uma vida na terra da avó materna, aquele mês inteeeeeeeeeeeeeeeiiiiro, sem pais, apenas com a mana e a avó foi a loucura. Era pequena, tinha uns 8 anos. Apaixonei-me pelo vizinho da frente que partiu a cabeça da minha irmã à pedrada. Esfolei o cotovelo no muro a carregar um melão da mercearia, fugi como o diabo da cruz do álcool que lá queriam pôr e fiquei com uma mancha de mercúrio para o resto das férias. Sim, vós, tristes seres nascidos nos anos 90 não sabem o que são as manchas de mercúrio nos joelhos.


E, no final do mês, casavam-se os primos afastados. Não me lembro de quem eram mas, lembro-me que eu, a minha irmã e amiga queríamos fazer uma festa em grande. Uma surpresa. E assim foi....decidimos apanhar borboletas, tantas quantas conseguíssemos para as soltar num voo espectacular, da caixa de cartão à saída da igreja.


Não vos digo quantas apanhámos porque a sociedade protectora dos animais ainda me batia à porta por tentativa de extinção da borboleta do campo. Só vos digo, meus amigos, que elas morreram todas na caixa de cartão e nem uma deu à asa no dia.


Ainda hoje me lembro do arroz a voar e do ar estarrecido da malta ao ver as borboletas mortas ao pé dos noivos. Um mimo.


2 comentários:

MagicWoman disse...

Eu tive um bichinho da seda :))

kiss

Sílvia disse...

Eu sei o que são manxhas enormes de mercúrio nos joelhos, isto porquê? Porque quando era miúda e sempre que tinha um casamento um dia ou dois antes dava um monumental tralho e esfolava os joelhos como se não houvesse amanhã, daí que nas fotografias dos ditos casamentos lá apareço eu sem dentes e com os joelhos naquele lindo estado (claro que a minha mãe se passava comigo ahahaah)

beijinho***