domingo, 31 de janeiro de 2010

Big Teeth

Detesto estragar um bom momento com uma observação estúpida mas será que a SIC pagou os direitos de autor ao Crepúsculo? Sim? Ah, fico muito mais aliviada.

NY I love U














Vi finalmente o filme. Nunca deveria ter acreditado em quem me disse que era fraquinho principalmente porque é uma senhora de 1,90m que não sorri, não se expressa de forma facial e é chamada a "dama do gelo".

Voltando ao filme, apaixonei-me. Acho que resume todas as formas de amor, tudo o que é o amor e o que ele se pode tornar. O paterno, o carnal, o de uma vida e o de uma noite.

Muitas vezes pareço céptica. Mas, acreditem ou não, sou das que acredita que é o amor que move o Mundo, os dias, as pessoas, as sociedades. O amor por quem nos rodeia, o amor em excesso, o correspondido e o que não tem nenhum eco. O amor pela pele, pelo outro e por nós próprios.

Talvez por isso viva em sofrimento, cada dia, pelas formas de amor que encontro, que me habitam e das quais não me sei desfazer. Vivo infeliz por amor e por ele acredito que amanhã possa estar também eu, nessa cidade, num café de esquina, com o meu outro alguém.

A note

Gostava de dizer-te mais vezes que te amo.

sábado, 30 de janeiro de 2010

Dear R.








O nosso próximo chá/jantar vai ser aqui: Fábrica de Braço de Prata!
PS- Lucky 13 (ex-anónimo), tb é aplicável a ti um dia destes!






Lack of ideias

Às vezes não temos assunto para escrever. Hoje é desses dias. Em que aqui escrevo apenas porque este lugar se tornou uma espécie de diário, de Moleskine virtual.

Acordei cedo, às 8 horas. Tomei um duche rápido, não tive tempo de passar o cabelo pelo ferro de engomar da era moderna.

Assisti à reunião, programada pelo meu chefinho "bom". Ouvi o seguinte comentário de UM colega: "Vi a tua apresentação ontem, tinhas uns sapatos lindos". Saí Às 17 e 30 e vim para o sofá. Adormeci.

Como podem ver foi um dia cheio de emoção. Estou aqui a afundar-me pelo sofá a ver a série da enfermeira do exército. Imitação mázinha da anatomia de Grey mas vê-se. E o médico é giro. Mas não é o Mc Dreamy.

E pronto, mais um post sem nada de jeito escrito.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Ementa


Comi que nem uma lontra e agora vou rebolar até à cama. Para vos fazer inveja:


1. Pastel de enchidos com arroz de espigos

2. Bacalhau com puré, cebolinhas e molho de pimentos

3. Sorvet de limão

4. Pato com fatia de batata e maça gratinada

5. Sorvet de frutos silvestres

6. Petit Gateau de Chocolate e chá de limão com gelado de manga,
Bem regado com vinho branco e tinto (não me perguntem qual).
A ementa é desse grande chef Luis Suspiro (do restaurante da Ordem dos Médicos)
Roam-se. Foi prenda de ser palentraste.
Nem tudo na vida pode ser mau. Nem todos os dias da vida podem ser miseráveis. Nem sempre podemos viver a angústia sem pausas. Hoje tenho o sabor do vinho tinto. E esse faz-me dormir sem pensar. E isso é tudo o que quero. Por hoje.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Strike - Enfermagem

Os motivos ninguém os questiona. Estão escarrapachados perante os nossos olhos. Acho que é indiscutível a injustiça que se está a fazer a esta classe profissional. Desejo profundamente que sejam bem sucedidos nas suas reinvindicações.

Dito isto, não posso deixar de me sentir completamente estupefacta com a falta de profissionalismo de alguns membros desta classe nos últimos dias. Antes de mais, é preciso compreender que, para que esta (ou qualquer outra) greve seja eficaz têm de ser atingidos 2 pontos:

1. Lesar de alguma forma o estado ou suas instituições em termos económicos;
2. Contribuir para que o número fornecido pelos sindicatos relativamente à adesão seja o maior possível.

O segundo ponto é fácil, consegue-se pela união e por fornecer os devidos números aos piquetes de greve. O segundo prima pela inteligência de perceber o que prejudica os hospitais EPE (instituições "semi-públicas", como agora são designados). E o que os prejudica é a redução de número de procedimentos electivos, cirurgias de ambulatório, exames complementares de diagnóstico que contribuem fortemente para as suas finanças.

O que eu gostava ( e que me deixou profundamente revoltada hoje) é que percebessem que ver sinais vitais, retirar drenos ou pô-los, fazer colheitas em doentes em choque cardiogénico, reposição hidro-electrolítica e de suporte de aminas a um doente no pós operatório de uma cirurgia cardiotorácica numa unidade de cuidados intensivos, não é, de todo, uma acção que se compadeça com o " estar de greve". Por diferentes razões.
Uma delas, secundária, é porque é indiferente, à Ministra da Saúde, se foram prestados cuidados de higiene ou não, se viram os sinais vitais ou não, se foi corrigida a hipocaliémia grave ou não. Mais que vos diga, acho que ela está-se mesmo a marimbar para isso. A segunda, e a maior, é que médicos, enfermeiros, profissionais de saúde, têm uma obrigação e um dever que é maior que qualquer greve: a de garantir a saúde e o bem estar do doente que a nós confiou o seu corpo, a sua fragilidade e a sua doença.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Better days

Ando desaparecida, ausente. Tenho sido mera expectadora. Dos vossos blogs. Da minha vida.

(Hoje é um daqueles dias em que gostavamos que a noite durasse a eternidade. Sinto-me tão triste, tão cruel pela dor que provoco aos que me rodeiam, que sinto este profundo desejo de poder simplesmente desaparecer. )

domingo, 24 de janeiro de 2010

Mentes Brilhantes

Estou a ver o "Ídolos" enquanto preparo uma apresentação para 6ª Feira (sempre estudei a ver televisão, é mais forte que eu).

E o apresentador, de forma totalmente "inocente", entrevista uma das personagens dessa tal telenovela nova.

- Queres-me desvendar um pouco da história?
- É sobre um grupo de jovens que estão numa escola; estão lá vampiros e não vampiros. E depois há um amor impossível.


Epá. Fico tonta com tanta originalidade. Sabe Deus onde se lembrariam de tal argumento!

Adenda

E quando pensava que isto não podia bater mais no fundo, eis que me apercebo que a TVI tb tem uma nova telenovela inspirada em dentes aguçados.

Não sei o que diga. A emigração talvez seja a resposta.

Sunday Evenings


Os fins de tarde Domingos podiam durar para sempre.
Com o cobertor no colo, chá quente na mão, o comando de televisão na outra e o rabiosque afundado num sofá só para mim.

(Claro que o comando de televisão na mão serviu para mudar rapidamente esse tal canal 3, que anda em onda vampiresca, uma versão tardia e certamente medíocre na nossa adorada e adolescente VAMP*)
* - E quase aposto, sem ninguém com a "qualidade artística" de Fábio Assunção.

Escutas

Enviaram-me o link das escutas do Pinto da Costa.

Confesso que me senti enjoada. Incrédula.

No meu imaginário, justiça é justiça. Verdade é verdade. Não há meios termos e cores intermédias. Por vezes não se chega a uma conclusão. Outra vezes existem escutas como estas. Não percebo como se deixa tudo para trás. Ninguém questiona e segue-se pura e simplesmente, em frente.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Desafio - Dez coisas que não me saem da cabeça!

A Ana fez-me um desafio e apesar de não ser grande fã de desafios, não posso deixar de responder à simpatia:

1 - Umas botas da Killah nº 35 (e que me cabem ) que estão numa loja do Chiado desde Setembro à minha espera (acredito que por não caberem a mais ninguem!);

2 - Anatomia de Grey;

3 -Agarrar nas malas e ir para longe;

4 - A minha vida;

5- Comida japonesa (comecei tarde mas agora estou fã!);

6 - Ter um cão;

7 - O meu blog e encontrar ideias para posts!

8- O passado;

9- Bolo de bolacha com amêndoa partida por cima;

10-O anónimo*.



*- Fui coagida à referência. Diz que andava com ciumeira dada a falta de protagonismo. Irra!!!!

Too much pink


Estou na fase da minha vida em que tudo o que é demasiado cor-de-rosa, fofinho, cutchicutchicu, me mexe com os nervos.



PS- À excepção de cães. Que esses têm sempre o meu perdão eterno e amor incondicional.

Há dias em que a televisão portuguesa podia emigrar para Marrocos

Vem aí o "Twilight" em versão telenovela da SIC.

I´m afraid. (Really afraid.)

Adenda

Acabei de me aperceber que escrevi a frase "antes de existir Internet......."

Que fique aqui esclarecido que eu era MUITOOOOOOOOOOOOOOOOOO pequenina, sim?

(Cof, cof cof...)

Charles Baudelaire


Não sou grande amante de poesia. Existe um outro poema que me ficou na memória dos livros de português da escola secundária. Sempre preferi perceber a vida atormentada do poeta atrás das palavras, do que propriamente a sua obra (veja-se a dor de Antero de Quental, por exemplo).


Um dos poemas favoritos foi descoberto de uma forma no mínimo idiota. Antes de existir internet, quuando apareceram os CD-ROMs , vendiam-se alguns, da microsoft, com temas. Comprei os "animais selvagens", os "dogs" e uma enciclopédia da altura que era a "Encarta".


(Engraçado como descobrimos coisas importantes em momentos estúpidos). A Encarta tinha um genérico, em que se ouvia uma parte de um poema (traduzido para inglês mas originalmente francês, só que o francês para mim é parecido com o mandarim mas com a diferença que me enerva um pouco mais). De Charles Baudelaire. Por isso se não tiverem pachorra não leiam, se tiverem dêm uma vista de olhos:


One should always be drunk.

That's all that matters;

that's our one imperative need.

So as not to feel

Time's horrible burden

one which breaks your shoulders and bows you down,

you must get drunk without cease.
But with what?


With wine, poetry, or virtue

as you choose.

But get drunk.


And if, at some time,

on steps of a palace,

in the green grass of a ditch,

in the bleak solitude of your room,

you are waking and the drunkenness has already abated,

ask the wind, the wave, the stars, the clock,

all that which flees,

all that which groans,

all that which rolls,

all that which sings,

all that which speaks,

ask them, what time it is;

and the wind, the wave, the stars, the birds, and the clock,

they will all reply:

"It is time to get drunk!


So that you may not be the martyred slaves of Time,

get drunk,

get drunk,and never pause for rest!


With wine, poetry, or virtue, as you choose!"

Charles Baudelaire

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Silence


Estou cansada. Hoje tive 15 doentes em pouco mais 4 horas e tenho o juízo "moído". Preciso de música, silêncio e de ausência de vozes:


Da dos outros à minha volta. E da minha dentro de mim.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Dear R.


Foi um prazer. Conhecer a cara atrás de uma imagem. A tua voz traz-me a familiaridade da pronúncia.


Para te agradecer a tarde. Desculpa se falei muito, se falo muito. O tempo passou a correr, num instante. E costumo acreditar que é bom sinal quando os minutos não se contam, mas correm no relógio.


Um obrigada, sentido com o coração.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Love


Ontem antes de dormir, lembrei-me de ti. Disseram-me que ao partires, partiram-me a alma. Do alto dos teus quase 90 anos, olho-te com o carinho de quem te ama com a força de um coração inteiro.

Sinto a tua falta. Aqui. Todas as noites. De todos os dias.

Bambi

A parte má do estágio é que existem muitas vacas por lá. Literalmente.
Não sei qual o gosto especial que as pessoas têm em serem antipáticas, mal educadas, desagradáveis. Umas bestas. Detesto enfermeiras de bloco (uma em especial).

Sou um doce de pessoa. Nunca ladro. Nem quando me chateio. Sou demasiado "sim", demasiado "pisem-me lá, vá lá, que eu nunca mordo". Gostava de, por vezes, não ser eu.

(Para o ano vou ser mais assertiva. Para o ano vou ser mais assertiva.Para o ano vou ser mais assertiva.Para o ano vou ser mais assertiva.Para o ano vou ser mais assertiva.Para o ano vou ser mais assertiva.Para o ano vou ser mais assertiva.Para o ano vou ser mais assertiva.Para o ano vou ser mais assertiva)

Heart Surgery


Tenho ido ao bloco nos últimos tempos enquanto passo pelo estágio de Cirurgia Cardiotorácica.


E nada é tão imponente como um coração nas mãos. (Literalmente.)

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Peter pan


Hoje estava eu no bloco a tentar enfiar um tubo de 2cm de diâmetro pela goela de um doente quando uma colega de curso, actualmente interna de anestesia, em jeito de conversa de ocasião ( o único tipo de conversa que alguma vez tivemos) me pergunta se tinha novidades.

- Novidades?

- Sim? Mãe não és, pelo aspecto. E de resto? As tuas amigas?

Vou tentar tomar isto como um elogio . Não estou uma lontra, quis a senhora dizer. Quanto ao resto, respondi que a outra estava grávida.

- Já sabia! De quanto meses?- Respondi um seco:

- Não faço ideia.

Depois disse-me, como se me espetasse um faca no meu peito, mas longe de saber que esse era o efeito, que o J. ia ser pai.

O J. era meu amigo. Foi das pessoas com quem mais me dei na faculdade. Era o "menino" entre as meninas. O "amigo". Senti os olhos encherem-se de lágrimas mas, entre o aparato de um bloco pequeno demais para tanta gente respondi, de costas, um simples "não sabia". Engoli a seco e saí.

Sei que aqui a culpa não foi minha. Sei que não sabia que ele ia ser pai como ele não sabe outras coisas minhas e das restantes do grupo. Não sei viver com a sensação de que as pessoas se foram perdendo. Que essa perda é natural aos olhos de todos porque faz parte do crescimento.
Aceito-o a custo. Com a naturalidade imposta por algo que traz consigo o peso da inevitabilidade.

Estou que não posso - O maravilhoso Mundo da "Caixa Directa Online"

Sou cliente da Caixa. Quase desde que nasci. É este gostinho pelo que é ser do povo, pelas filas intermináveis e pelo ser tratada a baixo de cão ´("és médica? quero lá saber! Traz mas é os fiadores: os pais, a irmã, o cão e o piriquito").

Hoje tive o prazer de tomar um conhecimento mais próximo com esse fabuloso mundo que é a "Caixa Directa" . Perdi o cartão multibanco pela 14ª vez e cada vez que isto acontece lá fica a Via Verde desactivada. Solicitei um novo cartão e fiquei delirante quando, hoje, me chega à caixa de correio com uma carta a dizer que o PIN se mantinha o mesmo.

- Fabuloso! - pensei.- Isto é que é entrar no século XXI!.

Corri para o multibanco com o cartão, não fosse a Via Verde ameaçar-me de prisão por passar lá com o amarelo a piscar.

Cartãozinho na ranhura do dito cujo. Marco o código e eis que: "Operação não disponível".

- Raios me partam! Então não é que esta caixa, mesmo pertinho da minha casa tinha de estar avariada? - pensei enquanto corria para a próxima.

Cartãozinho na ranhura da 2ª caixa multibanco. Same answer. 3ª, idem, idem.

- Hum...Já me cheira a esturro.

E eis senão que me lembro, subitamente, de ligar para esse mundo desconhecido que é o apoio bancário via telefone.

Trrrimmmm, triiiimmmmm.
- Caixa Directa, boa tarde. Tenho o prazer de falar com?
- Viviane.

- Boa tarde D. viviane. em que posso ser útil?

Explico a situação, que o cartão não dava nada,etc,etc...

- Ahhh! Que chatice! O cartão não foi activado!

- Ahh...... - respondi eu.

- Vou tratar disso.

- Muito obrigada.

Cartão activado. Eu feliz da vida, toca a descer as escadas a correr e ir outra vez para o Multibanco. Meto o cartão e....

- Pin errado.

WTF! Agarro no telefone, já um bocadinho irritada.
- Caixa Directa, boa tarde. Tenho o prazer de falar com?

- Viviane.

- Olá D. Viviane. Em que posso ser últil?

- Olhe, enviaram-me o cartão, disseram que o PIN era o mesmo e agora dá errado.

- Ah! Impossível. Não se esqueceu do número?

- Não, não me esqueci do número.

- Vou ver....ah, pois, efectivamente foi um engano e não mantiveram o PIN..

- Ah....e não pode dar-me um, então?

- Não , isso não pode ser por telefone. Tem de ir a uma agência da Caixa. Mas esteja descansada que é uma função totalmente gratuita.

Sim senhora, estou muito mais descansada. Só tenho pena de me ter esquecido de perguntar onde é que era a agência Millenium ou o Barclays mais próximo.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Ex-Home (II)


Fiquei a pensar numa das perguntas que a Miss Kin me fez sobre um dos meus posts . Se ter retornado a uma antiga casa teria sido um bom ou um mau acontecimento. Tenho procurado uma resposta.


Por mais que a memória de um espaço que me ocupou os dias, que me preencheu anos de crescimento, me suscite saudade, a verdadeira falta é do "eu" que vejo em fotos, em pedaços cristalizados de memórias. Por vezes acontece-nos retornar a um espaço que amámos profundamente, que nos ficou no imaginário, e a repetição nos trazer apenas um sentimento de desilusão.


No fundo, procuramos reconstruir as circunstâncias e não o espaço físico. Vamos em busca de sentir o mesmo, com a mesma intensidade. E esquecemo-nos de que não podemos fazer viagens ao passado.


Na minha passagem senti profundamente a falta das pessoas que habitaram estes anos. E se perguntarem porque não as procuro, porque não vou em seu encontro, a resposta é simples. As paredes não voltam a ser mesmas. Nem os sentimentos. Nem a amizade. Essa vive-se muitas vezes em nome de um passado, mas não se revive a todo o custo.


Espero que o futuro me ensine a ocupar outros espaços e outros corações de melhor forma. E que ocupem o meu. Que tenham melhores alicerces, mais força e maior amor.


(Try again. Fail again. Fail Better.

Samuel Beckett)

O meu boguinhas!


O meu carro adoeceu. E cada vez que ele fica doente fico eu com ele ( e a minha conta bancária). Começou a soluçar, em pranto, com 1ª metida. Diz que são gases, pobrezito.


So, next week, I´ll drive daddymobile!

"Vai-se andando"


Fui ver o "Vai-se andando" no Casino de Lisboa.


Troquei uma notinha de 10 por duas de cinco e torrei a estonteante quantia de 5 euros no pocker de máquina ( claro que antes de mim foi uma senhora com as mãozinhas a tremer a trocar uma de 500). Nunca me deixo de surpreender com a "fauna" que por lá anda.


A peça foi engraçada, com um ou dois momentos de muito bom humor. E perdoem-me o spoiler:


"Não percebo porque raio não deixam os bull dogs passear na praia mas deixam lá entrar as criancinhas. Ambos pisam as toalhas, fazem barulho e mijam em todo o lado enquanto nos atiram com areia!"
Hilariante! Eh,eh!

Purple and Yellow


Se tivesse dinheiro hoje estaria Purple and Yellow. (Suspiro).

Só quando me der um AVC

E quando se pensa que nada pior que isto




poderia aparecer, eis que somos confrontados com uma nova aparição:

(Amigas, não há maneira NENHUMA de usar isto nos pés e os membros inferiores parecerem algo que não seja uns pezinhos de chispe para a coentrada ).

sábado, 16 de janeiro de 2010

Close your eyes!!!




Isto é um Mixoma, um tumor benigno que estava no coração de uma doente do nosso hospital e fui ver ao bloco e tirar fotos!!!

Do tamanho de um ovo!!!

Nostalgia is my middle name


Meninos que viveram a adolescência pelos 90: voltou a SUPER FM!!!!!


(Que saudades, de ouvir Nirvana e REM em apenas 10 minutinhos de uma viagem de carro)


Ouçam: em 104.8 FM

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Cough II


No dia em que a minha mãe me conseguir fazer passar o chá de cebola pela garganta, internem-me no Júlio de Matos e não me deixem sair: foi porque só posso ter enlouquecido.

Cough


Estou cheia de tosse. E estou a ver que não termina o dia sem cuspir o pulmão esquerdo.

Home


Muitas vezes quando voltei a este hospital onde passei 7 anos da minha vida, mesmo depois de ser um lugar que já não " me pertencia", sentia-me a voltar a casa. Como se tivesse sido um estágio fora mais prolongado mas que, finalmente, estava de regresso. Conhecia o cheiro das paredes, a labirintica composição em "8" (que só me desvendou os segredos passados 3 anos de convivência).


Hoje, sob o forte pretexto de um curso e após longos meses (penso mesmo que já passou mais de ano), voltei. A área reservada à faculdade está diferente, mais vazia. Com um edifício novo que nunca cheguei a conhecer. As paredes velhas foram renovadas e até a velha tabacaria passou a chamar-se "press center" (modernices...).


O facto é que pela primeira vez não reconheci este espaço como " a minha casa" e o meu porto seguro. E se existiam fantasmas de memórias, recordações vividas naqueles espaços, hoje não os reencontrei.

Por vezes mudamos. E o que nos rodeia transforma-se, irremediavelmente, connosco.


quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Rain


Já há muito tempo que não me lembro de ver chover tanto, durante tantos dias. Faz-me lembrar os tempos em que era pequenina e a minha avó me levava, pela mão, até à escola. Não me lembro como era o meu chapéu de chuva mas recordo-me perfeitamente que invejava o da minha colega Marta. Era loira, de cabelo escorrido, tinha um chapéu transparente arroxeado, da cor da gabardina.


Chegava à escola com as calças de ganga com forro molhadas até ao joelho e essa era a maior das minhas torturas. Não havia aquecedor na sala e cada vez que se colavam às pernas só me apetecia chorar e ir para casa.


Lembro-me do leite com chocolate, dos intervalos, em pacotes castanhos, com gravuras de animais.


(Às vezes seria bom voltar atrás. E reescrever o futuro).

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Me and You


Gosto de ti. Quando te espreito pelo canto do olho, vestido de azul. Gosto da tua persistência, do teu mau feitio, do facto de teres sempre razão. Gosto de ti por perto.


Sorris-me com a alma. Retribuo-te com o coração.

(É por ti que ainda me aguento de pé.)


terça-feira, 12 de janeiro de 2010

"Fé Nunca Mais"




Músicas da minha "juventude".

"Evidence - Faith no more."

Alf


São pequenas imagens, são fotografias do nosso passado, pedaços de memória que nos fazem quem somos.


E hoje vem-me ao pensamento as sessões de Alf. (Talvez por me sentir um elemento de Melmak)...

Big Chief

Tenho dois chefes. Um oficial, com um mau feitio conhecido worldwide. Com um toque paranoide mas que, para mim, no fundo, tem tido laivos de bom tutor.

Depois tenho outro. Aquele que não se escolhe mas de quem se gosta e se admira do fundo do coração. A natural leader. E esse disse-me ontem, a propósito da escolha do estágio de diferenciação "lá fora" a seguinte frase:

"Sabes que um dia não vais agradar a toda a gente?"

Está frase ficou a soar-me no ouvido. Porque é o medo que tenho em todos os campos da minha vida: o de viver angustiada com a desilusão ou a dor dos que me rodeiam.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Princess and the Frog/New Orleans







Eu não gosto de Nova Orleães. Mas estou mortinha por ver este filme.

A cidade resume-se a 2 ruas com lojas e galerias de arte muito engraçadas inseridas no "French Quarter" e uma 3ª,a famosa Bourbon street, conhecida por ter sido a sede das principais casas de jazz. É daquelas cidades que valem mais pelo que representam, pela sua ideia, do pelo que realmente são na actualidade.
Está abandonada à prostituição desde o Katrina, os bares são tudo menos os carismáticos locais de jazz que se lêm nos livros e se vê nos filmes e as meninas de 15 anos são os chamarizes nas suas portas.
Do vodoo restam uma ou duas lojas, rendidas ao espírito comercial. Bonecos "made in china" prometem desfazer maus olhados.... O Mississipi escuro, pantanoso, está longe de encantar...
Da cidade, sinto saudades dos Beignets do Café du Monde (ver imagem) com sabor a farturas e do fabuloso "Blue Dog" (George Rodrigue).

E agora vem este filme, com tudo o que o imaginário de New Orleans nos pode trazer, pelas mãos divinas da Disney.







Eu tentei aguentar-me





Eu não ia mesmo falar dela mas as imagens brotam em todos os blogs e pronto, não pude resistir.


Eu só espero que o tempo não me leve o juízo como levou à senhora.

Plagiar um livro já foi atitude de pura estupidez (de quem pensa que nesta terra somos todos os toldados de raciocínio, fechados em casinhas nas aldeias, sem acesso à internet ). Depois, uns anos mais tarde e demonstrada a ausência de qualidade na escrita, a senhora decidiu ir ao Dança Comigo. Para quem não viu e quer passar um bom bocado, recomendo vivamente. Aquilo é tão mau, tão mau que parece que a senhora merecia levar pauladas nas pernas para nunca mais repetir a atrocidade. Viu-se então que o jeitinho para a dança e escrita não era muito e vai que a senhora se lança no Mundo artístico qual Arlinda Mestre.

Eu confesso que não sou grande entendedora de arte e ainda menos de fotografia. Mas um mau orgasmo esse, reconhece-se à distância e em qualquer lado..

Desabafo

Existem pessoas que amamos mais que a nós. E por elas traimo-nos, dia a pós dia, em silêncio.

Bad mood

Tenho andado um pouco distante. As palavras escasseiam apesar da semana rica em eventos (veja-se as fotos orgásmicas de Clara Pinto Correia, o fotoshop ao estilo Barbie da grande diva da música nacional ou tão somente os comentários de Malato que, com a minha solidariedade e compreensão tendo em conta as notícias publicadas, ainda não saiu do armário) . Mas não me apetece falar de nada disto.

Hoje andaram a tirar os enfeites de Natal aqui pela cidade que é coisa que não gosto de ver. Foi talvez uma das razões pela quais deixei de fazer árvore de Natal: custa-me imenso desfazê-la. Acho que tudo na minha minha vida tem sido assim, custam-me e pesam-me os finais. Das séries de televisão, das férias, das amizades, das relações, das épocas festivas.......

(Apetece-me hibernar.)

Gary Jules


Gosto desta música: Gary Jules. "Mad World"


E de repente alguém consegue dizer a frase mais angustiante de todas:



" The dreams in which I´m dying are the best I´ve ever had"

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Ide passear, sim?


Se há coisita que me mete os nervos em franja são os falsos moralismos. Ao que parece a Sr. Ministra veio dizer que queria parar o êxodo dos médicos para os sistemas de saúde privados (CM). E dou com comentários de "gente entendida" do nível de " Ah, os médicos são é uns malandros, querem só ganhar dinheiro".




E tudo isto merece-me os seguintes comentários:




1. À ministra: quando esta senhora diz que não há dinheiro para combater o assédio dos privados eu concordo. Mas, o que eu não percebo, é porque é que em vez de se contratar pessoas, com salários dignos, se opta por contratar uma empresa prestadora de serviços com médicos que ganham 70euros à hora para fazer serviços de urgência (os restante 30 que perfazem os 100/h são para a dita empresa). Pois, porque uma empresa não tem filhos, nem fica doente e não ganha subsídios de férias. Então funcionamos com remendos caros: pagamos a peso de ouro pessoas que apenas vêm os doentes poucas horas por semana, não têm qualquer responsabilidade no seu seguimento, no seu bem estar, no processo de cura/tratamento da doença. São tapa buracos. Muito caros e geralmente de fraca qualidade. E, por outro lado, não integram equipas hospitalares, não formam internos, não projectam melhorias nem crescimento dos serviços e instituições. Porque saem, sem vínculo, às 8 da manhã do dia seguinte.


O que tenho a dizer à ministra é somente: o barato sai caro.


2. Aos senhores dos comentários devo elogiar todo o seu sentido cívico e altruísmo porque certamente doam 1/3 dos seus salários a instituições e usam chibatas em autoflagelo cada vez que lhes propõem subida de ordenado e condições de trabalho infinitamente melhores.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Thanks

Para vos agradecer, os comentários.

(E as vossas palavras: são arco-íris. )

I confess


Pronto eu confesso. Vi o Crepúsculo.


E sim, não posso negar que achei uma certa piada ao vampiro.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Rainbows are needed


Decidi voltar à psi. Há tempos saí. E apesar de mensagens recebidas em papéis dobrados e pela boca de outros, não voltei, por não ter conseguido suportar um passo maior que a perna. E que ela dissesse a alguém aquilo que eu não tenho coragem de dizer ainda hoje. Sei que o fez pelo meu bem, mas foi um gesto que ultrapassou a dor que estava disposta a infligir (me).
Sei que é hora do regresso porque preciso de uma ponte. De algo que me mostre arcos-íris que não consigo ver. Não sei se voltarei a ela ou a outro qualquer. Por um lado custa-me começar tudo de novo com alguém, contar de novo a história, as brechas, os buracos, as pedras do meu caminho. Por outro apetece-me começar em tábua rasa.
Comecei de novo a vestir preto. Abro o armário e as camisolas adquiridas nos últimos meses têm todas esta cor. Ela costumava dizer que me gostava de ver com cores. Mas nunca tive coragem de usar o baton vermelho com que ela me sorria.

PS: Se tiverem alguma sugestão estou aberta a ouvi-las. Solutions are needed. Face a uma eventual escassez de comentários vou começar a procurar nas páginas amarelas.

sábado, 2 de janeiro de 2010

Disco stars


Cintando esta maravilhosa revista online que é a e-online, para o próximo ano vamos tentar ser a estrela da festa sem nos transformarmos na bolinha que gira no tecto da discoteca, sim?

Ps: Vou ali pôr os óculos escuros que já me cegou a vista esquerda.

Flashmob TAP

Fartei-me de abanar o rabiosque! Podem vê-lo aqui:

http://www.youtube.com/watch?v=RWhQJRtoLxc

(E também existe um de Ano Novo. É so procurar por Flashmob TAP Take 2)

Ghostgirl


Próxima aquisição. Estética "com sabor" a "Tim burton"!

Patchwork


Existem coisas que muitos não sabem. A maior delas é que tenho uma alma partida. Como se faltasse algo que nao sei o que é. Acho que depois do acidente toda ela se desmanchou e ficaram pedaços que não sei conjugar. Afasto os que os remendam, porque, no fundo o que podem fazer por ela não passa disso: remendos.


Às vezes precisamos de ar. Porque nos sentimos sem ele. Às vezes o que te faz sentido a ti, não me faz sentido a mim. E vice versa.






À próxima roubem-me o telemóvel, sim?


Gosto tanto quando o mundo inteiro acorda com esta irritante vontade de fazer boas acções. Ora bem, lá fui eu para o gym depois de me arrastar (literalmente) da cama apenas motivada pelo enorme peso na consciência ( e nas coxas) que as azevias deixaram. As festas passam, o Papai Noel (Oh,Oh,Oh) volta para a Lapónia mas os grumos da celulite não "abalam" com ele, nem com as renas.

Dito isto, lá fui eu. Entrei sorrateira, perante o olhar trespassador e repreensivo do treinador (não sei se é impressão minha ou ouvi ruminar um "I know what you ate last weekend").
Dirigi-me ao cacifo e...chave? cadeado? A questão é: eu tinha um cadeado e tinha uma chave que não faziam um par. Estão perdidos, na mala, à medida que dou sumiço a cada um deles. Mas não estive de meias modas: deixa-me cá deixar o cadeado semi-aberto. Ninguém nota e se um ladrão passar por aqui não vai, certamente reparar que esta merda não está fechada. E lá fui eu lampeira, para a passadeira. Dez minutos passados e aproxima-se de mim a velhinha que comenta comigo o tempo, as fraldas dos netos enquanto sorrio e coloco disfarçadamente o IPOD da minha irmã nos ouvidos. Já estava eu a agarrar no auscultador quando ouço a seguinte frase:

" Olhe menina, deixou o cadeado aberto ! É preciso ter cuidado! Anda para aí muita malandragem! " E remata com a frase que eu mais temia: "Esteja descansadinha que eu já o fechei".

Estive a pontos de parar subitamente a passadeira da velha para que ela e a sua prótese da anca ficassem esborrachadas na parede. Mas depois ainda se engasgava com a dentadura e além de um problema eram dois.

Esbocei um sorriso amarelo, retirei um ganchinho do cabelo daqueles que o treinador guarda aos molhos e lá fomos nós (eu e o treinador, quais macgyvers) tentar abrir aquilo.

E não, não resultou , foi preciso ir buscar um serrote e um alicate gigante e o senhor da manutenção.

A velhinha nem vê-la. (Se aparecer uma a boiar na hidroginástica, juro que não fui eu).

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Just Breathe


Começamos 2010 com uma música de Pearl Jam. E poderia existir parte de mim que quereria incluir neste ano aquilo que foram os early 90´s, as camisolas aos quadrados de flanela, o cheiro de Seattle, os albuns de Nirvana no topo da velhinha aparelhagem Sony. Poder-se-ia ouvir "The men who sold the world " or "smells like teen spirit" este ano. Poderia.

But time and life have this thing, you know: things dont´t come back.
E não se podem reviver sentimentos na esperança de que a felicidade possa ter o mesmo sabor ou a cor que teve na memória em que hoje habita.

E parte de mim ainda se encontra numa distante bandeira de Doors ou Kurt na parede, mas outra sabe que o tempo faz com que as coisas mudem de lugar e de sentido.

Pearl Jam . "Just Breathe" parece-me bem ao ouvido. Para o caso de me esquecer, um dia destes, de saber como se faz.