quinta-feira, 29 de julho de 2010

Contracto de amor...

Hoje uma colega, enquanto comentávamos o casamento falhado alheio, disse, em tom (quase) purista: " o casamento é um contracto vitalício".

Senti um arrepio na espinha. "Mas o amor não é", pensei com os meus botões.

"Não", respondi. "É um contracto assinado até que deixe de fazer sentido a uma das partes, ou às duas."

Com um olhar reprovador (juro, franziu a sobrancelha), comentou: "Hum, o outro nunca tem hipótese de ter uma palavra, de lutar pela relação; é uma quebra de contracto injusta para uma das partes".

Um contracto em que alguém se compromete a fazer algo que não sabe ser possível, é já de início, um tiro no escuro. Um tiro que se faz de coração aberto, de livre vontade. E, como tal, não pode ser considerado injusto se, um dia, as condições que levaram ao " negócio" mudem....


(Não gosto de sentimentos de posse, pensei. Prefiro os de entrega...)

6 comentários:

Sei Lá! disse...

o casamento é sem dúvida um contrato a termo! Para uns esse termo acontece com a morte para outros acontece quando acaba o amor! ;)

Liliana Garcia disse...

Viviane, não podiamos estar mais de acordo...eu também prefiro os sentimentos de entrega ;)

A tua lucidez deve ser quase incompreensível para a tua colega :) :)

Viviane disse...

contracto a termo incerto! Bj!

Lucky13 disse...

Ainda agora n te juntaste cmg e já me estás a abrir a porta e a afiar a biqueira para me mandares um valente pontapé no meu real traseiro...sinceramente...

Anyways...tb amo a ti

Sílvia disse...

Contrato vitalício?Então e quando o amor acaba? Continuamos ali a sofrer o resto da vida? Nah não me parece mesmo...concordo contigo sem dúvida :)

fd disse...

É um bocado off-topic, mas li algures que só no mundo ocidental há tanta preocupação com a justiça e a correspondente indignação perante a respectiva ausência. Os outros comem e calam (ou redireccionam). Atenção, este é um comentário principalmente sobre a qualidade de vida no resto do mundo.