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sábado, 12 de junho de 2010

Pensamento

É uma utopia acreditar que se pode pisar vidros sem se sentir a dor de viver em cima deles.

sábado, 29 de maio de 2010

Hoje (2)

Voltei. De pé.

Se alguns (que pouco me conheciam apesar de muito conviverem cmg) me apelidaram de triste Florbela Espanca, outros sabem que os meus sorrisos diários não transparecem tristeza. Acredito que a tristeza gera tristeza, que pensamentos perpetuam sofrimento. E a minha escolha, hoje, é ser feliz.

Acordei como quem arrasta o corpo e deito-me com o cansaço do mundo. Mas levantei-me, trabalhei e sorri.

Amanhã é outro dia. Um dia com menos dor.

sábado, 15 de maio de 2010

To leave




Ainda com a mala feita preparo-me para, daqui a 2 semaninhas rumar aqui. E depois para aqui. A maior parte das pessoas parte com quem ama. Eu parto sózinha. Levantar voo dá-me esta tranquilidade, imensa, de poder carregar na tecla "pause". Não estar cá, na minha pele, é a minha maior felicidade. Não ser eu e poder ser qualquer outra pessoa, com uma mala de mão, na cadeira de um aeroporto. E lá, ninguém "me sabe". Ninguém vê por detrás dos óculos escuros.

E, nem por detrás da máquina de Raio X, se adivinham os pensamentos.

sábado, 24 de abril de 2010

Headache

Tenho uma dor de cabeça que se apoderou do mais recondido neurónio e só me grita "precisas de férias, precisas de férias".

domingo, 14 de março de 2010

V.

Porque assino V.? Tantas vezes?



Porque ainda é ela que me habita a alma.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhh

Estou prestes a ensandecer. Se me encontrarem nas páginas do Diabo é tão somente porque roubei uma caçadeira e matei os homens das obras do piso de baixo.

Aceitam-se tampões para os ouvidos de oferta. Ou isso ou um parceiro do crime.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

(Dor)


Por vezes o corpo suplica-me que pare. Que o sofrimento que lhe provoco, hoje, é uma dor maior. Sinto o peito arder. Nauseada. Como se tivesse caminhado durante dias a fio, sem descanso.


E apetece-me dormir. O resto da minha vida.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Loosing

Hoje o Sr. F. faleceu. Com um pós-operatório complicado, tive de trazer a mulher pela mão para lhe dizer adeus.

Os momentos de morte tocam-me a alma. E continuando a falar de amor, poucos são os instantes como estes, de vida, em que o amor se torna quase palpável. E se dissolve assim, em dor, enquanto se respira a saudade.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Better days

Ando desaparecida, ausente. Tenho sido mera expectadora. Dos vossos blogs. Da minha vida.

(Hoje é um daqueles dias em que gostavamos que a noite durasse a eternidade. Sinto-me tão triste, tão cruel pela dor que provoco aos que me rodeiam, que sinto este profundo desejo de poder simplesmente desaparecer. )

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Silence


Estou cansada. Hoje tive 15 doentes em pouco mais 4 horas e tenho o juízo "moído". Preciso de música, silêncio e de ausência de vozes:


Da dos outros à minha volta. E da minha dentro de mim.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Cough II


No dia em que a minha mãe me conseguir fazer passar o chá de cebola pela garganta, internem-me no Júlio de Matos e não me deixem sair: foi porque só posso ter enlouquecido.

Cough


Estou cheia de tosse. E estou a ver que não termina o dia sem cuspir o pulmão esquerdo.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Gary Jules


Gosto desta música: Gary Jules. "Mad World"


E de repente alguém consegue dizer a frase mais angustiante de todas:



" The dreams in which I´m dying are the best I´ve ever had"

domingo, 3 de janeiro de 2010

Rainbows are needed


Decidi voltar à psi. Há tempos saí. E apesar de mensagens recebidas em papéis dobrados e pela boca de outros, não voltei, por não ter conseguido suportar um passo maior que a perna. E que ela dissesse a alguém aquilo que eu não tenho coragem de dizer ainda hoje. Sei que o fez pelo meu bem, mas foi um gesto que ultrapassou a dor que estava disposta a infligir (me).
Sei que é hora do regresso porque preciso de uma ponte. De algo que me mostre arcos-íris que não consigo ver. Não sei se voltarei a ela ou a outro qualquer. Por um lado custa-me começar tudo de novo com alguém, contar de novo a história, as brechas, os buracos, as pedras do meu caminho. Por outro apetece-me começar em tábua rasa.
Comecei de novo a vestir preto. Abro o armário e as camisolas adquiridas nos últimos meses têm todas esta cor. Ela costumava dizer que me gostava de ver com cores. Mas nunca tive coragem de usar o baton vermelho com que ela me sorria.

PS: Se tiverem alguma sugestão estou aberta a ouvi-las. Solutions are needed. Face a uma eventual escassez de comentários vou começar a procurar nas páginas amarelas.

sábado, 2 de janeiro de 2010

Patchwork


Existem coisas que muitos não sabem. A maior delas é que tenho uma alma partida. Como se faltasse algo que nao sei o que é. Acho que depois do acidente toda ela se desmanchou e ficaram pedaços que não sei conjugar. Afasto os que os remendam, porque, no fundo o que podem fazer por ela não passa disso: remendos.


Às vezes precisamos de ar. Porque nos sentimos sem ele. Às vezes o que te faz sentido a ti, não me faz sentido a mim. E vice versa.






domingo, 20 de dezembro de 2009

Balanço 2009 (II)


Não emagreci. Não fiquei mais pobre. Encontrei o amor mas não tive a coragem de o viver. Não fui sincera, mas tentei não me trair a mim. Não emagreci, não adoeci e a minha mão deixou de doer. Ficaram cicatrizes, viagens e memórias gravadas na pele. A conta bancária aumentou mas perdi pedaços de mim.

Não perdi, não ganhei. Tive momentos perfeitos mas não fui mais feliz.

(Que se brinde ao sabor de Chianti. Até que não se consiga mais pensar.)

domingo, 13 de dezembro de 2009

On the edge




For how long?

For how long can you live underground? And on the edge?

Até quando demasiado é demasiado? E viver-se sem pele? E com pele que não é a nossa?

sábado, 12 de dezembro de 2009

Silent thoughts

Existem poucas pessoas que conhecem aqui o espaço. Ainda menos aquelas com quem me cruzo durante os dias. Acredito que por vezes se sintam confusas. Como se não reconhecessem as palavras nos sorrisos e gestos.

(Dual life. A smile attached to grief. So it can become somehow more bearable.)

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Rope


Por vezes a tristeza queima a pele. E debaixo dela, arde a saudade da vida que se poderia ter.



(Por vezes o amor a alguém prende-nos. E ficamos reféns daquilo que já não sentimos. )

domingo, 6 de dezembro de 2009

António Feio


Voltei. E antes de aqui pôr aqui as fotos e falar da minha escapadela até à Queen´s city deixem-me falar de quem vinha no meu avião: António Feio.




Atormenta-me a facilidade com que as pessoas se transformam na doença que têm. Deixam de ser o José do talho, para passarem a ser o sr. coitadinho que tem um tumor do pulmão. E lamento que se tenha transformado este Homem na terrível neoplasia do pâncreas que transporta.


E talvez por isso tenhamos sorrido quando a máquina de chocolates não só nos ficou com os Cadbury´s como com uma libra a cada um. Talvez prefira um riso quando ameaça ter de dar um bico no raio da máquina a um olhar pesaroso ou a votos de força e boa sorte.


Há coisas que não precisam de ser ditas. Porque não são compreendidas por quem não as vive. Este Homem e a sua família estão no início de um caminho comprido de luta, de sofrimento e de muito amor. E tudo o que ele não precisa é de reviver esta dor, a cada instante, por cada desconhecido como um eco, incessante, constante, do seu próprio pensamento.


Raros e valiosos são os momentos em que a mente foge da doença. Como pequenas tréguas, pequenos raios de sol, em dias que se tornam exasperadamente cinzentos.