
«Tornar obrigatório a educação sexual resume-se a dizer: forniquem à vontade»
D. Duarte in DN 15/05
Olha aqui está uma frase que tem muito que se lhe diga. Antes de mais e o que mais me surpreendeu foi que D. Duarte sabia da existência do verbo "fornicar".
"Eu fornico, tu fornicas e ele fornica. Ou, melhor, tu fornicas e ele fornica porque eu, D. Duarte de Bragança, não sei ainda o que isso significa."
Deixando no ar a dúvida de que D. Duarte saiba, no fundo, o verdadeiro significado da palavra "fornicar", o encher a boca para o pronunciar remonta-me sempre às telenovelas brasileiras do género "Roque Santeiro" em que as beatas, viúvas, salivavam enquanto se lhes formava na boca tal palavra, tão promíscua. Porque, na boca delas (e desconfio que na de D. Duarte também) fornicar não há-de, nunca, passar disso mesmo, uma mera palavra.
Eu, sinceramente, acredito que Duarte de Bragança é amigo da inseminação artificial ou do empréstimo de espermatozóides. Pois saiba ele, que não corre, com toda a certeza os perigos da infecção por VIH, Hep B e C por via sexual. Porque nem os vírus, nem as miúdas com eles, provavelmente lhe pegariam.
É esta a razão pela qual prefiro políticos corruptos, a duques e condes e raios que o partam. Porque preferem a ignóbil, eterna e perigosa ignorância a uma educação responsável e que visa responsabilizar. É através do conhecimento que se formam adultos melhores e pessoas maiores. E nunca atráves deste caminho, tortuoso, da completa imbecilidade.