terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Independent women?


As minhas vizinhas são o maior grupo de comadres do Universo. Enquanto esperava pelo elevador a do 5 e a do 6º andar conversavam despreocupadamente e pouco conscientes da minha presença, da vizinha do 3º. Ora bem, a vizinha do 3º é doméstica. Mas não é uma doméstica daquelas que se arrastam com um lenço na cabeça, avental e calças de fato de treino todo o dia. Não. É uma late 30´s, arranjadérrima da ponta da unha à pontinha (irrepreenssssssível) do cabelo e entre as suas tarefas diárias contam-se:


- levar o filho ao autocarro do colégio


- ir ao cabeleireiro


- ir à abertura da marc by marc jacobs e afins


- ir ao gym




Ora bem, na minha voz pode-se escutar (embora francamente mais atenuado) o mesmo tom de ressabiamento que na voz das vizinhas. Porque eu gosto de trabalhar. Mas às segundas de manhã, quando chove, acho que não me importava de trocar de vida com ela um dia ou outro (com a certeza que ao 3º dia me começavam a tremer as mãozinhas de abstinência).


(A sociedade nunca anda satisfeita. Antes da 2ª guerra Mundial as mulheres que trabalhavam era quase queimadas na fogueira. Agora deparamo-nos com o inverso. Porque será que as escolhas individuais de vida são sempre julgadas em função de um modelo previamente aceite? )


Bad medicine


Tenho uma dor de cabeça que me acompanha há 3 dias. Tem acordado comigo, surda, de mansinho, lentamente e não passa com ibuprofeno, indometacina, paracetamol, metamizol e afins (por esta altura já devo ter um buraco no estômago do tamanho de uma bola de ténis).

Sábado estive de banco. A sina de um banco de Cardiologia são os pedidos de ecocardiogramas. Não que não os goste de fazer, pelo contrário, não gosto é que não os saibam pedir.

Eu ganho uns 10euros/hora para estar de fim de semana no Hospital (uma miséria tendo em conta que a empregada da minha amiga ganha 7e50). Os contratados ganham 70. Particularidades de um SNS que começa a não ter sentido nenhum. O porquê de um médico ganhar 7 vezes menos para trabalhar no seu hospital do que noutro que não é seu a fazer biscates, ultrapassa-me.

Mas um destes colegas pediu-me um ecocardiograma para excluir tromboembolismo pulmonar (uma doença em que existem trombos que se soltam e vão "entupir" os vasos do pulmão originando dor no peito, falta de ar,etc..) . Tudo bem excepto se:

1- O ecocardiograma não servisse para excluir tromboembolismo. Felizmente são poucas as vezes em que o tromboembolismo causa sobrecarga a nível do coração.

2-O dito cujo ter-se esquecido de falar com a doente que gritava desalmadamente quando lhe tocava nas costelas.

Pois é, o peito da senhora não doía por causa de um tromboembolismo. Era mesmo porque tinha caído nas escadas e fracturado 7 costelas.



PS - 70 euros à hora, sim senhora, não estou a brincar. Do meu bolso e dos vossos. Para isto.

Christmas Gifts


































Só mesmo para sonhar:)
1- Sim3 para PC
2- Vestido Miss sixty colecção Outono- Inverno 2009/2010
3- Livro de Gonçalo Cadilhe: 1Km de cada vez
4-Vestido Miss sixty colecção Outono- Inverno 2009/2010
5-Botins Miss sixty colecção Outono- Inverno 2009/2010
6-Casaco Miss sixty colecção Outono- Inverno 2009/2010
7- Mini Portátil Sony Vaio
8-Mala Diesel colecção Outono- Inverno 2009/2010

domingo, 29 de novembro de 2009

Futilidades


Eu acho que mulher que é mulher tem a boca calada.


Porque quando alguém vem para a televisão e revistas dia sim, dia sim, dizer "Ah ele tem uma pilinha pequenina" , "Ah, ele tira os pelos das pernas", "ah ele usa o meu soutien e os meus sapatos" enquanto o dito cujo não abre a boca para sequer pronunciar o nome dela só pode querer dizer uma coisa: que foi muito bem f$%#%&$# e tem dor muita dor de cotovelo!


PS - Longe de mim defender o rapaz. Mas para quem tem as revistas cor de rosa como consolo nos dias de banco, tanta falta de chá e de novidades nas notícias já enjoa!
PS2 também podia falar da Elsa Raposo. Mas aí seria bater no fundo da falta de imaginação

My city (2)







Querem mesmo, mesmo morrer de inveja? Daquela inveja que faz roer as unhas até aparecerem as falanges?:)


Aqui ficam as fotos da minha casinha para 3 dias:)

My city


Peço desculpa aos escassos leitores mas foi uma semana trabalhosa.


E não importa que tenha entrado às 8h15 e saído às 20h todos os dias(excepto Sábado que entrei às 9h mas saí às 9 do dia seguinte...). Não importa que ganhe pouco mais que uma mulher a dias (não, não é DE TODO, uma hipérbole).


Porque Quinta vou estar aqui. E aqui it´s "my place".

domingo, 22 de novembro de 2009

Pinócrates


Será que sou só eu que estou absolutamente estupefacta e indignada com o caso das escutas? Como é possível que se meta tudo debaixo do tapete e se siga em frente como se nada fosse?

Pumps




Aqui estão os meus novos "Pumps" (só agora é que descobri que se chamavam assim, para mim são mesmo sapatos). E amigas da minha alma, não são 8 cm, são 10:)
Aren´t they gorgeous?

Christmas Gifts - Pins







Estou apaixonada por estes pins e acho que vão ser meus soon! 1,5 euros/cada, são a prova de que uma prenda de Natal pode ser original e barata!


PS - Adoro, em especial, os criados pela Ana Oliveira (vejam o blog, tem desenhos fabulosos, de chorar a rir!).

sábado, 21 de novembro de 2009

To cope with


Existem vezes em que nos sabemos partidos.

Eu era a criança que fazia enfeites de Natal com papel de lustro (meu Deus, os blocos de papel de lustro, perfeitos, coloridos, 3 páginas de cada cor!). Era a criança que sonhava com um quase perfeito presépio amador.

Sei que cultivamos a vida que vivemos. So I live it with no blame. Só não percebo em que ponto segui o caminho que me trouxe aqui. Em que ponto me fez ser esta pessoa que só está feliz quando trabalha, que sente apenas a paz entre as paredes de um Hospital.

(Sabes Raquel, pensei no teu post. E a palavra resiliência -perante o que se cruza no nosso caminho - diz quase tudo. E no fundo não são as pessoas que te rodeiam que definem a tua solidão. Não é uma casa mais ou menos vazia. São as relações que cultivas e a forma como o fazes e as geres. Não interessa um telemóvel com muitos números. Se ao final do dia, com uma lista de contactos cheia, não tens ninguém a quem ligar).

The end


A Oprah vai acabar. E aqui percebo que não há nada que dure para sempre.

Coisas que deviam ser proibídas


1. Corsários.

Minhas amigas, existem POUCAS pessoas que as podem usar sem parecerem uma salsicha com as pernas cortadas. Têm 1,80 e pernas muito magrinhas? Não? Eu também não e por isso não as uso. Já para não falar de corsários e Inverno. E aí então não existe ninguém que se safe.


2. Fatos de treino

Existe uma razão para se chamar FATO de TREINO . É porque é isso mesmo. Não é FATO de COMPRAS ou FATO de CINEMA. Por isso, reservem-no para as corridinhas de fim de semana e os passeios de bicicleta.

3. Unhas com manifestações artísticas de uma manicure moldava

O que foi feito do simples e plain verniz unicolor? É que já me enjoa tanta florinha e risquinho e brilhantinho.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

To dream


O que eu gosto desta música.
We can do anything - Mikkel solnado*
PS - Filho do grande Raul Solnado e da dinamarquesa Anne Louise

O que eu gostava que os jornalistas da reportagem sobre a vacina da gripe fizessem a sinapse dos 2 neurónios com que nasceram

O aborto acontece, certo? É uma chatice mas acontece e não passa todos os dias no jornal nacional. Ora se vacinamos um grupo de risco inteiro obviamente vão existir mulheres vacinadas com abortos, sim?

O que estas mentes iluminadas não se lembram é de algo simples: comparar o número de eventos durante igual período do ano anterior, por exemplo. Ah, mas isso não vendia, não era? Que chatice! Vamos antes queimar as vacinas na fogueira, entrevistar o pai do pequeno feto morto e perguntar se ele se sente mesmo miserável e se na sua opinião altamente fundamentada considera que a culpa foi da vacina da gripe!

Mellon Collie and the infinite sadness



Estou vazia de pessoas que não consegui conquistar. E prender.


PS: Sei que não gostas desta música nem de Radiohead. Sei que catalogas tudo isto de auto-comiseração. Como os outros. E hoje não me soubeste fazer a diferença.

A diferença do que resta de um Mundo Inteiro.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

MAC-Cosmetics


Tenho um cheque prenda com direito a produtos e a uma aula free de make-up!


I just need some free time!!!

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Envy


Em conversa de fofoquice contaram-me a história de uma médica com quem me cruzo em congressos e afins. Uma quarentona "enxuta", fiel às mini-saias e ao cabelo que teima em ser demasiado loiro. É mãe de 4 filhos, ainda novitos e ao que parece ter-se-à apaixonado perdidamente e pedido o divórcio ao pai das crias.


À primeira "vista" os comentários (não os meus) foram de "ah e tal, é preciso ser-se egoísta". Confesso não estar a ouvir a conversa com atenção (estava ocupada a desfolhar as páginas da CARAS, essa grande revista do jet-set português que transborda de notícias de Kleber e seu fiel amor, Elsa the Fox). Por alguma razão aquilo ficou-me a ressoar nos ouvidos.


Depois reflecti. E, uma mulher que não me merecia muito mais que um olhar de soslaio a gabar os Louboutin do último europeu de Cardiologia, ganhou-me uma maior admiração.

É alguém que conhece, vive e sabe as dolorosas fronteiras entre um "eu" mulher, de um outro que é "mãe e esposa". Que lhes conhece as diferenças e que numa atitude de imensa coragem toma a decisão de respeito máximo por si própria. E que aos meus olhos está longe de ser catalogada de egoísmo. Mas que é a recusa (muito dolorosa) da sua auto-negação.

domingo, 15 de novembro de 2009

Mais um filme que parece ser mesmo giro!


Quantas salas de cinema existem neste país? Não faço a mínima ideia mas tenho a certeza que são muitas. Então alguém que me explique porque é que ESTE filme, que era aquele que eu queria messssssssssssssssssssssssmmmmmoo ver só está disponível vá....em 5% delas?

Sweet (too short ) Sundays

Não gosto que anoiteça ainda o relógio não bateu as 6 badaladas.

Mas já que chove, que está assim para o frescote, já que o dia parece chegar lentamente ao fim, deixo-me aqui estar, enterrada até às orelhas no sofá, debaixo da manta.

sábado, 14 de novembro de 2009

RIP


Morreu Robert Enke. E apesar de ter sido guarda redes do Benfica o senhor não me dizia nada de especial. Não o conhecia, não sabia as suas dores, nem gostava especialmente dele como guarda-redes.


Mas irrita-me que, no dia da notícia, oiça comentários como " Ah, mas ele tinha tudo. Que parvoíce tão grande do senhor!". A primeira frase já me deixa nervosa. "Tinha tudo?" O que é ter-se tudo? Uma profissão, família, dinheiro? É suficiente para a felicidade ou apaziguar a alma? Ou assumimos os modelos predefinidos de felicidade como verdades absolutas e transversais?


Já o disse e sinto-o na pele todos os dias: a tristeza tem raízes profundas.

Entranha-se na alma e fica. Permanece. Consome. E só uma alma com um tormento maior que o Mundo e de uma dimensão que quem não a sente não a pode nunca compreender, procura a luz de salvação na de um comboio na sua direcção.