sexta-feira, 14 de maio de 2010

Past

Chamam-me saudosista e acertam.

Acredito que muitas pessoas ou vivem o passado, ou vivem para o presente ou tendem a viver o futuro. Os outros...esses raros sortudos...encontraram o equilíbrio e os ingredientes da fórmula mágica...

Os que vivem o futuro tendem a preocupar-se com o que não chegou, com o que aí vem. Por vezes esquecem-se de saborear momentos porque estão constantemente a tentar viver os que ainda aí não estão.
Os do presente são bons vivants. Uma espécie de "Carpe Diem" eternizado. Rumam ao sabor da maré e o depois.....logo se vê.

Os do passado, esses, quais portadores do peso das memórias, dos anos, revivem continuamente os momentos felizes, os erros, as etapas da vida que os tornaram estes seres com medo do amanhã. E então, em jeito de cobardia, adormecem com os sonhos de ontem (já garantidos, já seguros, como a porta para uma felicidade perdida ).

2 comentários:

fd disse...

A referência ao saudosismo foi essencialmente uma brincadeira. Digo-te algo em que não vais “acreditar” e que pode ser MUITO mal interpretado: “És nova, tens muitos anos pela frente”. Dito isso, adianto que detesto referências ao tempo, especialmente os clichés (do género da que acabei de fazer). O tempo é o que fazemos dele. Consegue-se gerir o SPT. Pelo texto, diria que já te ocorreu a sensação que tens “uma memória demasiado boa” mas (se fores como eu) não a dispensarias (só algumas recordações vivas que ocorrem). Esta frase já é minha: O mecanismo cerebral de “preocupação”, activado para resolver as situações “normais”, pode descambar num buraco de quase só repetições. Para quem vive “demasiado” no passado, com tendência para divagar e ramificar, com consequências que levam a que por vezes queira (e tente) desligar o pensamento, é necessário saber distinguir o essencial do apenas remoer, desligando selectivamente as repetições e extraindo do essencial as orientações que podem ajudar na prática. Depois, pôr a corpo obedecer a isso, já é outra história. Vá...

Viviane disse...

Meus Deus, senti-te um fardo nas costas! São os anos que pesam;)?

Acho revivo repetições. Apenas não sei encarar o futuro.E , por isso, reconforto-me nas memórias do passado;)