domingo, 15 de agosto de 2010

Change

Ouvi dizer um dia que as pessoas não mudam. Que os vícios se entranham na pele e o máximo que conseguimos fazer é maquilhá-la. Considerei a frase fatalista. Os sempres e os nuncas deixam-me com a pulga atrás da orelha. (A vida tem esta dolorosa tarefa de nos ensinar o dom da individualidade. O não contar com os sempres e os nuncas dos outros.)

A desilusão é tão mais expectável quanto mais acreditarmos no fim dos defeitos e das mentiras. As pessoas não mudam o que são. Não traem a sua natureza. E podemos arriscar com o pleno conhecimento do outro ou viver, dia após dia, de olhos fechados.

1 comentário:

Francisco disse...

Pois é Viviane, independentemente de as pessoas mudarem ou não, muita gente corre o risco de não saber entender a outra pessoa. A compreensão é isso mesmo, a capacidade de aceitar cada um segundo a sua individualidade. Hoje, mais do que nunca, vejo pessoas a gostarem de outras pessoas não pelo que elas são, mas por aquilo que desejavam que fossem. O difícil é amar alguém com defeitos, príncipes encantados ou perfeitos seriam fáceis de amar, ainda mais se fossem perfeitos aos nossos olhos. É aqui que está o desafio da incondicionalidade, gostar e respeitar os outros, apesar dos seus defeitos, qualidades e feitio.
Beijinho.