terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Independent women?


As minhas vizinhas são o maior grupo de comadres do Universo. Enquanto esperava pelo elevador a do 5 e a do 6º andar conversavam despreocupadamente e pouco conscientes da minha presença, da vizinha do 3º. Ora bem, a vizinha do 3º é doméstica. Mas não é uma doméstica daquelas que se arrastam com um lenço na cabeça, avental e calças de fato de treino todo o dia. Não. É uma late 30´s, arranjadérrima da ponta da unha à pontinha (irrepreenssssssível) do cabelo e entre as suas tarefas diárias contam-se:


- levar o filho ao autocarro do colégio


- ir ao cabeleireiro


- ir à abertura da marc by marc jacobs e afins


- ir ao gym




Ora bem, na minha voz pode-se escutar (embora francamente mais atenuado) o mesmo tom de ressabiamento que na voz das vizinhas. Porque eu gosto de trabalhar. Mas às segundas de manhã, quando chove, acho que não me importava de trocar de vida com ela um dia ou outro (com a certeza que ao 3º dia me começavam a tremer as mãozinhas de abstinência).


(A sociedade nunca anda satisfeita. Antes da 2ª guerra Mundial as mulheres que trabalhavam era quase queimadas na fogueira. Agora deparamo-nos com o inverso. Porque será que as escolhas individuais de vida são sempre julgadas em função de um modelo previamente aceite? )


1 comentário:

Mysterious Girl disse...

Eu acho que morria se parasse. Preciso de stress na minha vida e gosto de ser independente fazendo algo por mim. Mas concordo, às vezes sabia bem trocar por um dia da semana e ficar a dormir a manhã toda =)

Adoro o teu blog! Beijinho*